Donos de vários hits eternizados ao longo dos 54 anos de carreira, Chitãozinho e Xororó ainda falaram sobre o atual cenário da música sertaneja. Também deram a receita para que sejam produzidos mais clássicos e menos músicas descartáveis, que até fazem sucesso nos lançamentos, mas que não conseguem permanecer em alta nem ultrapassar gerações.
“Eu acho que a música sertaneja hoje está muito mecanizada. Ela está muito feita em série. Os caras se juntam em estúdios, nos campings, num lugar, e meia dúzia de pessoas fica fazendo música. E dali saem alguns sucessos.”
“Mas eu não acredito que a música que faz sucesso imediato, vá ficar. A música tem que ser mais sensível, tem que ter uma mensagem, tem que marcar um momento na vida da pessoa. Essa música realmente fica. Mas música descartável, não”, analisou Chitãozinho.
“Eu acho que tem que se preocupar com a qualidade da letra, da melodia, do arranjo. É uma mistura de coisas. Não é simplesmente fazer uma música e sair gravando de qualquer maneira”, completou Xororó.
“A música tem que nascer. Tem que entrar a introdução, o arranjo, e as pessoas identificarem qual música vem. E o arranjo tem que seguir junto e finalizar. Então a música tem que ter um começo, meio e fim. Só assim que ela permanece.”